Um levantamento aponta que três a cada quatro mulheres, negros e pessoas das periferias, das classes C, D e E, relatam que sofreram discriminação e constrangimento em comércios, apesar de juntos representarem 80% das intenções de compra no Brasil.
Os dados são da pesquisa “O mercado da maioria: periferia e diversidade como estratégia de negócio”, realizada pelo Instituto Locomotiva para a Central Única das Favelas (CUFA), divulgada na 3ª edição do Fórum Data Favela.
De acordo com a pesquisa, 79% disseram que já passaram por situações como: ser seguido ou revistado por seguranças do estabelecimento; não ser atendido porque a equipe achou que não tinha dinheiro; ouvir de alguém que aquele estabelecimento não era para ele; ser injustamente acusado de roubo; e ser confundido com um funcionário.
Os dados também consideram pessoas com deficiência e homossexuais. A pesquisa foi feita com 1.534 brasileiros maiores de 16 anos entre os dias 26 e 28 de junho em 72 cidades de todos os estados.
“Aquilo que homens brancos e da elite chamam de minoria, são na verdade a grande maioria do mercado consumidor do Brasil”, diz o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles.
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