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SECOVI-SP: Renato Meirelles faz palestra na Convenção Secovi 2018

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Leia o texto completo abaixo:

Existe amor no Excel…

…por trás de planilhas, estão milhões de brasileiros com anseios, sonhos, crenças, valores e preferências particulares”

A afirmação que intitula este texto foi de Renato Meirelles, presidente do Instituto de Pesquisa Locomotiva, que palestrou no painel de encerramento da Convenção Secovi 2018.

A ele, coube responder uma difícil questão: como interpretar hábitos de consumo de uma sociedade cada vez mais complexa?

Para Meirelles, quando as empresas olham para os números que orientam suas decisões de mercado, muitas vezes, acabam se esquecendo de aspectos que fogem às antigas convenções de crenças, gênero, etnia, idade e classe social. Resultado: acabam concebendo produtos e serviços dissonantes da realidade.

O exemplo de noção de classe é bem oportuno. “A grande maioria das pessoas se acha de classe média. Todo mundo conhece alguém mais rico e alguém mais pobre que ela mesma, o que leva o sujeito a pensar: ‘bem, estou na média’”, disse. Partindo dessa autopercepção, não raro, as empresas espelham isso em suas decisões de mercado.

Meirelles disse que 4,5 milhões de pessoas pretendem comprar imóvel no Brasil nos próximos 12 meses. “Dentre esses, 69% têm renda média de R$ 960 por pessoa na família, resultando em uma renda familiar média de mais ou menos R$ 1.984”, afirmou. “Mesmo assim, o que vemos amplamente são produtos e argumentos de venda pensados para a ponta oposta da curva – pessoas com muito mais renda.”

Citou que, hoje, um dono de padaria em um bairro periférico da cidade pode ter exatamente a mesma renda que um executivo de uma grande companhia. “Bolso das pessoas não explica mais a cabeça delas. Temos brasileiros com renda de classe A, mas com cultura de classe C. Há um descolamento do capital econômico e cultural”, alertou.

Esperança em mudanças, escolaridade, uso de tecnologias para incrementar ganhos, o significado da família, temas mais importante para as pessoas segundo sua religião, idade, gênero e estado civil foram outros assuntos abordados pelo palestrante, mostrando como particularidades de cada ponto repercute na cabeça do brasileiro.

O pesquisador também falou da necessidade de adequar discursos que vão ao encontro das convicções das pessoas e façam refletir a identidade delas mesmas nas mensagens publicitárias.

“O novo consumidor não vai abrir mão de ser protagonista de suas escolhas. As empresas precisam se colocar no lugar dele, investir em pesquisa, e saber que por trás dos números das planilhas, há um mundo muito mais complexo do que se imagina”, finalizou.

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