“Talvez uma das primeiras fake news que surgiram a partir da Covid-19 era de que a doença era democrática”. A conclusão pertence a Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, fundador do Data Favela e professor do IBMEC. Considerado um dos maiores especialistas em consumo e opinião pública do país e membro da comissão que estudou a nova Classe Média Brasileira, na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), ele acredita que os graves problemas sociais brasileiros foram aprofundados com a crise ocasionada pela pandemia da Covid-19. “O coronavírus pode até afetar tanto ricos quanto pobres, mas os anticorpos sociais de uma sociedade desigual, como a que existe no Brasil, são muito diferentes”, completa.
O Locomotiva é um instituto de pesquisa que nasceu em 2016 e declara ter o objetivo de “mostrar as pessoas e histórias por trás dos números”. Voltado especialmente para a análise da economia popular, a instituição almeja transformar dados em estratégias e ações para que empresas, instituições públicas e organizações do terceiro setor aprendam a dialogar com um público cada vez mais conectado e engajado. Desde o início da pandemia, a organização já realizou 24 pesquisas que atestaram que, se de um lado, há pessoas que podem trabalhar em casa, que possuem água encanada dentro de seus lares e que, no máximo, reclamam da falta de álcool em gel nas farmácias; do outro lado, há uma realidade distinta nas favelas, em que 48% dos lares não têm água encanada.
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