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ISTOÉ: Cautela e medo marcam a saída da quarentena

Faz três semanas que restaurantes, bares e salões de beleza voltaram a abrir as portas na cidade de São Paulo e os shoppings estão funcionando há um mês e meio, ainda com restrições de horário e de número de pessoas. Mesmo com o afrouxamento da quarentena na capital paulista, a empresária Leila Okumura, de 40 anos, mantém praticamente a mesma rotina dos últimos quatro meses. “O meu único passeio tem sido ir ao supermercado uma vez por semana”, conta.

Com a flexibilização do isolamento, a empresária ousou apenas duas vezes. Recentemente visitou a mãe que não via há quatro meses e passou a usar a academia do prédio onde mora, restrita a duas pessoas por vez. “Se fosse uma academia normal, não iria.” Idas a restaurantes, cabeleireiros e shoppings estão fora dos planos de Leila enquanto o número de casos de covid-19 não recuar e não se encontrar a vacina contra a doença.

Esse também é o comportamento da estudante de medicina Beatriz Hog Jorge, de 20 anos. “No momento não estou saindo de casa para nada, mesmo.” A última vez foi em março, para ir à farmácia. Na sua avaliação, o fim da quarentena está sendo precipitado, porque os casos de covid-19 ainda crescem e hoje é maior o risco de existir mais pessoas assintomáticas em relação ao início da pandemia. Por isso, Beatriz está insegura até em relação à retomada das aulas presenciais da faculdade, prevista para agosto.

O comportamento da empresária e da estudante de Medicina neste momento é o da maioria dos brasileiros. Pesquisa nacional realizada pelo Instituto Locomotiva no início do mês, com cerca de 2 mil entrevistados, revela que 74% pretendiam evitar shoppings; 69% não estavam dispostos a ir a restaurantes, parques, praças e praias; 67% a lojas de comércio de rua; 55% a salões de beleza e barbearias; 54% a usar o transporte público; e 45% de ir às academias. Para Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva e responsável pela pesquisa, o momento é de transição. “O novo normal nem de perto está consolidado.” Ele ressalta que, nesta fase, comportamentos distintos das pessoas de medo e de confiança vão se sobrepor.

A marchand Tânia Dacca, de 53 anos, retrata bem essa oscilação. “Estou retomando, mas com os devidos cuidados.” Dia desses ela foi a uma padaria perto da sua casa, onde as mesas estavam num local aberto e havia distanciamento. Tânia conta que ficou de máscara até o pedido chegar à mesa. “Agora ir para um lugar cheio, com aglomeração e sem distanciamento, não tenho coragem”, afirma.

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