Reconhecimento das vantagens materiais e simbólicas de pessoas brancas é indissociável do processo de consciência e enfrentamento do racismo num país em que a cor da pele pode determinar se um inocente será abatido como potencial criminoso.
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Se, em 2006, 48% dos brasileiros se autodeclararam pretos ou pardos, em 2018 esse percentual atingiu 56% da população do país, segundo dados do IBGE. Analistas avaliam que o aumento possa ser atribuído à miscigenação da população ou ao progressivo autorreconhecimento de negros que antes empreendiam processos de embranquecimento em busca de aceitação.
Um aspecto bastante visível desse fenômeno está nos cabelos de pretos e pardos: antes majoritariamente alisados, hoje exibem volumes crespos, black powers, tranças e dreadlocks.
Estudo do Instituto Locomotiva apontou que 86% dos negros têm orgulho de quem são, mas 71% foram vítimas ou presenciaram crime de racismo no último ano.
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