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Brasileiras têm mais anos de estudo, mas ganham 81% do salário dos homens

As trabalhadoras brasileiras têm, em média, 1 ano e 4 meses a mais de estudo do que os homens, mas ganham, em média, o equivalente a 81% do salário deles. No caso das mulheres negras, a desigualdade é ainda mais gritante: uma mulher negra ganha, em média, 45% do salário de um homem branco.

Os números foram apresentados pela diretora de pesquisa do instituto, Maíra Saruê Machado, durante o Festival #Agora, realizado no último final de semana, em São Paulo, pela plataforma Agora é Que São Elas.

Maíra compôs uma das mesas do evento ao lado da ativista Dríade Aguiar, da Mídia Ninja, e da deputada federal Margarete Coelho, com mediação da jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo.

A pesquisa mostrou ainda que, embora as mulheres valorizem a autonomia trazida pelo trabalho, há vários desafios a serem enfrentados para além da desigualdade salarial: por exemplo, 1/4 da população conhece uma mulher que já sofreu preconceito ou violência no trabalho.

Além disso, a responsabilidade sobre as tarefas domésticas (cuidados com a casa e a família) sobrecarrega as mulheres: 7 em cada 10 sentem que falta tempo no dia para fazer alguma coisa. Para se ter uma ideia, se fossem remuneradas por esse trabalho, elas receberiam R$ 1,4 trilhão por ano.

Um dos caminhos apontados pelas mulheres para reduzir a desigualdade de gênero é a política. Para isso, é preciso pensar em duas frentes: mais políticas focadas em mulheres e mais mulheres na política.

“Hoje, vivemos um cenário em que falta representação para as mulheres na política – 94% não se sentem representadas pelos políticos em exercício – e em que falta também representatividade, já que, apesar de serem 53% do eleitorado, elas representam apenas 15% das congressistas eleitas”, explica Maíra.

Essa foi a segunda edição do Festival #Agora, e teve como eixo temático as mulheres e o poder. Entre as convidadas estiveram a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva, a ex-deputada Manuela D’Ávila, a deputada Joênia Wapichana e a advogada Roberta Eugênio, além de influenciadoras como a cantora MC Carol, atriz Mariana Ximenes e a ex-ginasta Daiane dos Santos.

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