Enquanto 49% dos brasileiros fizeram algum tipo de doação durante a pandemia do novo coronavírus, esse índice atingiu 63% nas favelas do país. O dado consta da pesquisa inédita Pandemia na Favela – A realidade de 14 milhões de favelados no combate ao novo coronavírus, realizada pelo Data Favela, parceria do Instituto Locomotiva, da Central Única das Favelas (Cufa) e da Favela Holding.
O fundador e presidente do Instituto Locomotiva, também fundador do Data Favela, Renato Meirelles, destacou, em entrevista à Agência Brasil, que “a pandemia está deixando claro que o asfalto tem muito a aprender com a favela”.
Diretor executivo da Favela Holding, fundador da Cufa e do Data Favela, Celso Athayde disse que “quem vive em favela sabe que a solidariedade é uma marca muito forte. É uma característica sólida por causa das necessidades daqueles territórios”.
Segundo Athayde, quem mora em favela depende muito dos vizinhos, que se prestam, por exemplo, a tomar conta dos filhos de outras pessoas, enquanto aos pais saem para trabalhar. “Esse tipo de coisa não acontece, geralmente, em outros territórios. A favela acabou desenvolvendo uma solidariedade muito grande, que não se encontra em nenhum outro território”.
O fundador da Cufa disse que é impossível alguém passar fome na favela, porque as pessoas se solidarizam o tempo todo. Quem ganha uma cesta básica costuma dividir com o vizinho se ele não tiver nada para comer, afirmou. “Eu diria que a solidariedade, a resiliência são características desenvolvidas nos sentimentos das pessoas que moram em favelas. E a pesquisa apenas confirma isso”.
,Clique aqui para ler a matéria completa.