(…)
Embora o ritmo de retorno às rotinas normais esteja acelerando em todo o país, a população carrega ainda mais traumas e cicatrizes do que se imaginava em relação ao sufoco enfrentado nesse passado recente, conforme mostra uma pesquisa exclusiva de VEJA feita pelo instituto Locomotiva. O mesmo estudo mediu também as expectativas dos brasileiros quanto ao futuro. Nesse aspecto, parafraseando o escritor Ariano Suassuna, o sentimento é de um realismo esperançoso: vislumbram-se dias melhores, mas ninguém acredita em milagres. “A única certeza é que nada será como antes”, afirma Renato Meirelles, presidente do Locomotiva. “Há um grande freio de arrumação civilizatório em curso.”
No levantamento do instituto feito por telefone com 2 432 pessoas em 72 cidades do Brasil, entre os dias 14 e 16 de agosto, 65% dos entrevistados disseram acreditar que ainda estamos no meio da pandemia, um porcentual semelhante espera a chegada da vacina apenas para 2021 e a maioria relatou sérios desfalques no bolso provocados pela crise. Em média, seis em cada dez afirmam que sofreram impacto negativo na renda. Questionados sobre o pagamento de contas no período, quase metade disse que está com os boletos atrasados. A inadimplência atinge 34% das pessoas das classes A e B, mas já alcança 70% dos brasileiros que integram as classes D e E.
Clique aqui para ler a matéria completa no site.
Clique aqui para acessar a matéria publicada pela revista.